O DESEMPREGO ESTAGNOU
A quase paragem do crescimento do desemprego é hoje notícia no país, ao que parece as estatísticas revelam que no passado mês de Fevereiro o número de desempregados aumentou insignificantemente, de tal forma que dizem que ele já parou de crescer. Os entendidos dizem que estamos perante uma aparente estagnação do desemprego, o que por outras palavras quer dizer: acalme-se o povo que isto parou por aqui!
Esta até poderia ser uma boa notícia, não fosse o facto de, no mesmo mês passado, estarem inscritos nos centros de emprego do Instituto de Emprego e Formação Profissional cerca de 500 mil pessoas.
Eu tenho uma teoria a este respeito. O desemprego parou de aumentar porque as empresas não podem dispensar mais ninguém, porque já funcionam com o mínimo dos mínimos e se mandam outra pessoa embora em muitos quadros ficam só os elementos da direcção. Não vos parece que faz sentido?! Não têm mais ninguém para meter na rua, já expulsaram todos os que podiam e como fechar não podem (senão como iriam sobreviver as chefias com o subsídio de desemprego de 350€ que é o que receberiam mediante aos ordenados que declaram) decidem fazer uma contenção orçamental e aguentar o "zé" que até tira os cafés, faz a limpeza, vai buscar a roupa do patrão à lavandaria, controla a produção e ainda trata do serviço pós-vendas.
É por isto que o desemprego quase não cresceu, porque já foram todos despedidos e porque o que havia de ir à falência também já foi! Quem aguentou 3 anos de crise (vindo de uma situação anterior já nada fácil) também aguenta mais 3, e acho eu que é baseado neste raciocínio que os analistas dizem que os valores do desemprego estagnaram.
Acima disse "zé" e não foi à toa, porque os que sobrevivem à guilhotina do desemprego são na maioria homens. As mulheres lideram as listas de inscritos nos centros de emprego (que aliás deviam de chamar-se centros de desempregos, porque lá não se arranja emprego a ninguém), representando 57,1% do desemprego registado.
Desculpem se a minha visão não é optimista e se não dou elogios a quem de direito por os números pararem de crescer mas é que após tanto tempo de contenções rigorosas, depois de ter vivênciado a ameaça do desemprego de perto e depois de diariamente conviver com dramas reais de cortar a alma não consigo senão ser cínica.
Ainda hoje de manhã tomei conhecimento de uma daquelas histórias que só nos dá vontade de puder ajudar, mas como? Uma história de 2 anos de busca incessante, 2 anos de angústias e de submetimentos a humilhações e condições nada dignas. 2 anos que passados revelam um subsídio de desemprego que expirou!
São quase 500 mil os desempregados em Portugal.Infelizmente há muito tempo que perdi a minha varinha mágica.
Esta até poderia ser uma boa notícia, não fosse o facto de, no mesmo mês passado, estarem inscritos nos centros de emprego do Instituto de Emprego e Formação Profissional cerca de 500 mil pessoas.
Eu tenho uma teoria a este respeito. O desemprego parou de aumentar porque as empresas não podem dispensar mais ninguém, porque já funcionam com o mínimo dos mínimos e se mandam outra pessoa embora em muitos quadros ficam só os elementos da direcção. Não vos parece que faz sentido?! Não têm mais ninguém para meter na rua, já expulsaram todos os que podiam e como fechar não podem (senão como iriam sobreviver as chefias com o subsídio de desemprego de 350€ que é o que receberiam mediante aos ordenados que declaram) decidem fazer uma contenção orçamental e aguentar o "zé" que até tira os cafés, faz a limpeza, vai buscar a roupa do patrão à lavandaria, controla a produção e ainda trata do serviço pós-vendas.
É por isto que o desemprego quase não cresceu, porque já foram todos despedidos e porque o que havia de ir à falência também já foi! Quem aguentou 3 anos de crise (vindo de uma situação anterior já nada fácil) também aguenta mais 3, e acho eu que é baseado neste raciocínio que os analistas dizem que os valores do desemprego estagnaram.
Acima disse "zé" e não foi à toa, porque os que sobrevivem à guilhotina do desemprego são na maioria homens. As mulheres lideram as listas de inscritos nos centros de emprego (que aliás deviam de chamar-se centros de desempregos, porque lá não se arranja emprego a ninguém), representando 57,1% do desemprego registado.
Desculpem se a minha visão não é optimista e se não dou elogios a quem de direito por os números pararem de crescer mas é que após tanto tempo de contenções rigorosas, depois de ter vivênciado a ameaça do desemprego de perto e depois de diariamente conviver com dramas reais de cortar a alma não consigo senão ser cínica.
Ainda hoje de manhã tomei conhecimento de uma daquelas histórias que só nos dá vontade de puder ajudar, mas como? Uma história de 2 anos de busca incessante, 2 anos de angústias e de submetimentos a humilhações e condições nada dignas. 2 anos que passados revelam um subsídio de desemprego que expirou!
São quase 500 mil os desempregados em Portugal.Infelizmente há muito tempo que perdi a minha varinha mágica.
1 Comments:
"Ai Portugal...Portugal...
de que é que estás à espera!?"
Depois destas palavras à voz de Jorge Palma, não digo mais nada.
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